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domingo, 5 de agosto de 2012

7ª Série - Revolução Francesa



Em meados do século XVIII a França era considerada o país mais populoso e injusto da Europa. Enquanto no Castelo de Versalhes a monarquia se dedicava a eventos suntuosos (festas que duravam dias), fora do Castelo a população padecia de frio e fome. Construir um castelo longe de Paris era uma tática de se manter afastado do povo, fora de foco!

O escolhido para sucessão real, Luis XVI, sempre soube que não estava preparado o suficiente para a responsabilidade que o esperava. Pouco antes de sua coroação é obrigado a contrair um casamento arranjado, com fins políticos, com a arquiduquesa austríaca Maria Antonieta, de apenas 14 anos.

A impopularidade do novo casal real não demoraria a surgir:  Luís XVI não consumava o casamento e passava horas dedicando-se a serralharia. A ausência de um herdeiro fez com que Luís XVI ficasse jocosamente conhecido como “o serralheiro que não encontrava o buraco da fechadura”!

Enquanto isso, Maria Antonieta mostrava-se cada vez mais estranha: gostava de fazer moda com seus penteados bizarros e passava horas se ocupando com rituais supérfluos: cerimônia para acordar, tomar café, passear pelo jardim de Versalhes, etc. Ela era tão distante da realidade do povo que certa vez chegou a dizer: “se o povo não tem pão, que coma bolo”! Mais tarde a França seria tomada por rebeliões populares, inclusive de mulheres, que buscavam o reconhecimento de direitos e um pouco de atenção de seu rei. 

O parlamento francês era dividido por estados: Clero (primeiro estado), nobreza (segundo estado) povo e burguesia industrial (terceiro estado). Insatisfeitos com o sistema de votação do Parlamento Francês, que era por Estado, o povo determina uma Assembleia Nacional Constituinte, que mais tarde traria a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (http://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_Direitos_do_Homem_e_do_Cidad%C3%A3o). Nesse mesmo período ocorre a queda da Bastilha (presídio para prática de tortura onde ficavam os inimigos políticos do rei e servia como depósito de pólvora).

O poder do rei vai ficando cada vez mais limitado: O castelo de Versalhes é invadido, a família real obrigada a se mudar para Paris e os bens da igreja e da monarquia são confiscados. Numa tentativa desesperada de retomar o poder na França, Luís XVI tenta fugir para Áustria, mas é percebido por guardas franceses e obrigado a retornar. Maria Antonieta é flagrada em posse de cartas em que pedia auxílio para Áustria. Os jacobinos não viam como a revolução francesa prosseguir com a existência de um rei, sobretudo um rei supérfluo e traidor, condenam-no, assim, à guilhotina.

Com a guilhotina instaura-se na França uma fase conhecida como “Período do Terror”, alimentado pelo jornalista jacobino Jean Paul Marat, que defendia o emprego desse meio tortuoso como forma de extermínio aos opositores da Revolução. Insatisfeita com a carnificina instituída na França, Charlotte Corday assassina Paul Marat.  O líder jacobino Robespierre intensifica o “Período de Terror”, exterminando, inclusive, os próprios jacobinos considerados liberais.

Os ideais jacobinos começam a perder força e o grupo de girondinos toma o poder e condenam à guilhotina os líderes do terceiro estado, incluindo o seu líder Robespierre. A revolução bebe do seu próprio sangue!



Para refletir

1º) Você acha que a revolução francesa foi um episódio positivo ou negativo para a nossa História? Por quê?

2º) Na sua opinião, o que fez com que a revolução francesa se distanciasse tão bruscamente de seus            ideais?

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